Sobre o PSIND MG

PSIND NASCEU DAS LUTAS PELA REDEMOCRATIZAÇÃO DO PAÍS, PELA CLASSE TRABALHADORA DO PAÍS!

As primeiras discussões sobre proteção e lutas pela classe em Minas Gerais começaram em 1973. Época em que o Regime Militar agonizava e surgiam os movimentos sociais organizado, como os sindicatos, associações e partidos.

Em 11 de janeiro de 1974 foi fundada a Associação Profissional dos Psicólogos de Minas Gerais – APPMIG – esta tinha por objetivos a coordenação, proteção e representação legal de seus associados através da colaboração com o poder público no desenvolvimento da solidariedade entre as classes e na resolução dos problemas relativos a categoria, da assistência jurídica a seus associados, divulgação de informes e promoção de eventos e Assembléias.

Estabeleceu-se em dezembro de 1981, através de uma nova diretoria, a meta da transformação da Associação em Sindicato por acreditar na força do mesmo para defender o interesses da categoria e falar em nome da classe dos psicólogos Em setembro deste mesmo ano ocorreu o I Encontro de Psicólogos da 4 ª região em Minas Gerais. Evento na qual também é criada a Comissão Pró – sindicato.

O 3º Encontro dos Psicólogos  da 4ª Região, realizado em 1983 é marcado pelos 21  anos de reconhecimento da profissão e pelo cumprimento dos trâmites legais para obtenção da Carta Sindical junto ao Ministério do Trabalho. Foi realizado também neste ano o I Seminário de Sócios, nessa época o esforço de organização do Sindicato já havia conquistado 1.230 associados. O país vivia a euforia dos movimentos sociais que exigiam a volta dos direitos políticos. Acontecia o movimento das Diretas-Já, bem como o movimento que levou à formação da CUT, o I Congresso Nacional das Classes Trabalhadoras, promovido pela antiga Comissão Pró-CUT e o I Congresso Nacional da recém-nascida Central.  A APPMG participava ativamente desse momento democrático e histórico.

O requerimento para adquirir a carta sindical, foi feito em uma Assembléia em fevereiro de 1984. Em seguida foi entregue a documentação da Associação ao Delegado Regional do Trabalho. Fortalecendo o movimento em prol da necessidade da criação do sindicato, os psicólogos empregados na Prefeitura de Belo Horizonte entraram em campanha salarial exigindo piso salarial de cinco salários mínimos, jornada de quatro horas diárias e, outras melhorias nas condições de trabalho. Logo depois, os funcionários da Previdência Social iniciaram uma grave que durou 40 dias. Assim, ao final do ano de 1984 após seminários, assembléias e debates sobre a criação, a diretoria e a transição, e com o recebimento da carta sindical a APPMIG encerra suas atividades para dar lugar ao Sindicato dos Psicólogos de Minas  Gerais – PSINDMG.

Uma Convenção feita em 1985 definiu um programa de atuação do Sindicato que teve como algumas diretrizes :

  • O sindicato é o representante legal na defesa dos direitos e interesses da categoria.
  • Deve ser democrático, combativo e atuante
  • Deve pautar-se pelo respeito mantendo uma postura ética e política no tratamento das questões
  • Deve trabalhar para o fortalecimento da categoria participando de encontros nos vários níveis, abrir espaço para maior participação dos profissionais e participar dos movimentos sociais de interesses de todos 

 Durante todos estes anos o tem procurado aplicar suas diretrizes bem como ampliar a discussão e melhoria para a profissão. Desta forma o PSINDMG sempre esteve presente nos principais debates como defesa dos direitos da criança de do adolescente, reforma agrária, violência e criminalidade, luta antimanicomial além de circular jornais, promover cursos e seminários com o objetivo de conscientizar a categoria da importância  de se constituir um sindicato forte e de associar a ele em suas lutas.

O sindicato é um instrumento de defesa e organização da classe trabalhadora. É uma ferramenta coletiva para que os trabalhadores e trabalhadoras lutem por melhores condições de trabalho, melhores salários, jornadas menores, mais empregos e direitos.

A arma dos/as trabalhadores/as contra os exploradores, em todo o mundo, é sua organização coletiva em torno de objetivos comuns. Nas sociedades capitalistas movidas pela compra do trabalho, nós trabalhadores e trabalhadoras vendemos nossa força de trabalho e precisamos dos sindicatos para lutar coletivamente e de maneira organizada por nossos interesses, contra situações de opressão, comportamentos fascistas e machistas ou misóginos, contra perdas de direitos, abusos e  assédio e por mais direitos. Nós, os trabalhadores e trabalhadoras produzimos todos os tipos de bens de que a humanidade se utiliza, enquanto somos tantas vezes privados deles. Defender nosso trabalho é defender nossa saúde, nossa dignidade e um retorno justo daquilo que oferecemos à sociedade.

No Brasil, mais da metade dos/as psicólogos/as trabalham em instituições públicas ou privadas que sofrem diretamente os impactos da precarização do trabalho, da privatização dos serviços públicos e das empresas estatais,  da grave perda de direitos e de empregos e de poder aquisitivo, decorrentes da Reforma Trabalhista aprovada ainda no período de governo Temer.

Os profissionais autônomos encontram dificuldades para manter aluguéis e angariar clientes, uma vez que seu público – a própria classe trabalhadora – teve seu poder de consumo severamente reduzido com as atuais políticas de achatamento salarial em vigor. 

O atual governo, autoritário e de tendência fascista, tem como consequência de suas políticas, trabalhadores submetidos e sem direitos, atuando em mercados precarizados e sob concorrência sem leis ou precariamente regulada, trazendo seus direitos para patamares cada vez mais baixos. Assim, já no governo anti-povo de Michel Temer, enfraquecidos os sindicatos e a luta coletiva em momento de derrota, ocorreu o primeiro golpe contra o povo trabalhador: a contrarreforma trabalhista. Logo em seguida, veio o ataque diretamente aos sindicatos, e a contrarreforma da previdência. Agora, já no governo Bolsonaro, o golpe de misericórdia nos trabalhadores/as pode vir com a contrarreforma administrativa (PEC 32), que atinge frontalmente os servidores públicos, responsáveis por executar de maneira estável as principais políticas públicas do país.